A
criança disléxica pode manifestar déficit de atenção
É
uma deficiência de aprendizagem na escrita, leitura, soletração,
entre outros. Segundo pesquisas realizadas em diversos países,
cerca de 17% da população mundial sofre de dislexia. Estudos
revelam que de cada 10 crianças em sala de aula, duas são
disléxicas. Normalmente, as pessoas associam a dislexia à má
alfabetização, desatenção, condição socioeconômica,
desmotivação e/ou baixa inteligência. Há 40 definições para
estabelecer as causas da dislexia, porém a mais aceita é a que a
dislexia não é nada mais do que uma condição genética, que
apresenta alterações no padrão neurológico do indivíduo. Sendo
assim, a criança herda a dislexia, portanto ela tem algum parente,
pai, avô, tio, que também é disléxico. Por estar relacionada a
diversos fatores, a dislexia deve ser diagnosticada por uma equipe
multidisciplinar. Pois uma avaliação desse nível gera condições
de um acompanhamento mais efetivo e eficaz das dificuldades, sendo
tratado de acordo com as particularidades de cada indivíduo,
levando assim a resultados mais consistentes. Quanto mais rápido
for o diagnóstico, mais rápido e eficaz será o tratamento desse
transtorno, evitando que a criança passe por situações
constrangedoras em relação ao modo de falar, escrever, a falta de
atenção, entre outros. A dislexia é mais comum em crianças, mas
é possível encontrar esse distúrbio em um adulto. A deficiência
não pode ser encarada como motivo de vergonha, pois há diversos
casos de pessoas bem sucedidas que sofrem com a dislexia como, por
exemplo, Tom Cruise (ator), Agatha Christie (autora), Thomas Edison
(inventor), entre outros.
Existem
ao todo cinco especificações da dislexia, são elas:
•
Disgrafia:
é a dificuldade em escrever, cometendo diversos erros ortográficos.
•
Discalculia:
é a dificuldade em compreender a linguagem matemática.
• Déficit
de Atenção: quando a criança manifesta dificuldades de
concentração.
•
Hiperatividade:
quando a criança possui uma atividade psicomotora excessiva.
•
Hiporatividade:
caracterizada pela baixa atividade psicomotora da criança.
Diferentes
áreas do nosso cérebro exercem funções específicas, normalmente
numa pessoa disléxica o cérebro tende a processar informações em
uma única parte. Sua incidência não é diferenciada por sexo,
acomete tanto meninas como meninos.
Sinais
da dislexia:
-
Na primeira parte da infância:
• Atraso
no desenvolvimento motor;
• Atraso
na deficiência na aquisição da fala;
• A
criança apresenta ter dificuldade de entender o que está ouvindo;
•
Distúrbios
do sono;
• Chora
muito e parece inquieta ou agitada, entre outros.
-
A partir dos sete anos de idade:
• Lentidão
ao fazer os deveres escolares;
•
Interrompe
constantemente a conversa dos demais;
• Só
faz leitura silenciosa;
• Tem
grande imaginação e criatividade;
• Tem
mudanças bruscas de humor;
• Letra
feia;
•
Dificuldade
com a percepção espacial;
• Confunde
direita, esquerda, em cima, em baixo; na frente, atrás;
• Troca
de palavras;
•
Tolerância
muito alta ou muito baixa à dor;
•
Dificuldade
de soletração e leitura;
• Inventa,
acrescenta ou omite palavras ao ler e ao escrever, etc.
-Tratamento:
Não
existe um só tratamento para dislexia, porém a maioria enfatiza a
assimilação de fonemas, o desenvolvimento do vocabulário, a
melhoria da compreensão e fluência na leitura. É importante que a
criança disléxica faça leitura em voz alta na presença de um
adulto para que esse possa corrigi-la. É muito importante que a
criança receba apoio, seja atendida com paciência pelos pais,
familiares, amigos e professores. Pois a criança sofre com a falta
de autoconfiança, ter esse apoio gera uma melhora significativa no
comportamento do disléxico. É importante que a criança disléxica
seja ensinada por professores capacitados, que tenham qualificação
para ensiná-la, pois um profissional desqualificado pode agravar o
problema de dislexia do indivíduo. A dislexia tem cura, só depende
do profissional e da técnica utilizada no tratamento.
Por
Eliene PercíliaEquipe Brasil Escola
Fonte:
http://www.brasilescola.com/saude/dislexia.htm
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